Vai ver é assim mesmo. O ponto forte que a gente tem, é resultado de um ponto fraco, escondido no meio das pernas, quando as cruzo com firmeza ao me sentar sozinha em qualquer banco de praça por aí. Aos poucos fui percebendo, que não me doía nada entregar o que tinha em mãos, a tomar um tempo escutando uma história a fim de uma opinião, a ajudar quem estivesse por perto, com um favor simples. Difícil é contar meu segredos, é dividir minha vida, é ter a coragem de deixar chorar o que eu precisar, sem vergonha ou medo de ser taxada de fraca. Difícil sempre foi, acreditar que eu valho a pena. Não pra mim mesma, mas para os outros. Se sempre quis um quarto em casa só pra mim a fim de ficar sozinha. Sempre questionando as paredes sobre o primeiro beijo, o primeiro amor e quase nunca, uma incrível amizade. Se ser forte é estar só, internamente só, e assim permanecer sem deixar entrar qualquer palavra que adule esse medo vicioso da solidão. Ali fora, todos se encaixam em algum lugar. E até hoje, eu me encaixei, inteiramente, sem deixar um fio de cabelo do lado de fora, dentro do meu próprio quarto.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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