Vem quando der, vai assim que puder, sem previsão de volta. Se na minha mente o platônico sempre foi meu vizinho, encontrei aí um amigo que também não existe. Desde criança carrego comigo, essa coisa de falar sozinha, chorar com os desenhos na parede me escutando lamentar. Existem tempos de sorrir. O resto, foi feito exclusivamente pra mim. Vou seguindo assim, do jeito que der, até que cesse. Nem sinto mais dor, as coisas se acalmam na anestesia de acordar todos os dias não é? O recado que fica incrustado no peito é que, o problema é quando impulsos para sorrir de novo voltam. Se voltam, me confundo, minhas mãos reagem bem, minha cabeça me pede pra fechar os olhos a fim de não enxergar e meu coração se quer responde. Me faço de invisível, me recolho como sempre estive, volto ao meu lugar. Parei de querer entender, talvez até de tentar.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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