Sei tanto de mim, que depois de tanto tempo chorando segui o fluxo que manda o sistema dos fortes. Diziam que não tinha motivos, que fingia de fraca com a barriga cheia. Do amor, quando a gente se queixa e não há pão e circo que abasteça. Mas voltando à tal solução, veja bem, encarei o espelho sem pedir conselhos e o silêncio falou. E tudo ao redor secou. Só protejo aqui, dentro de mim.
Voltou aquele sorriso tímido que eu media milimetricamente de longe, para considerar que era sim um momento de felicidade. Voltou o 'bom dia' mais legal, as perguntas sobre a vida e a 'boa noite' pedindo o abraço que eu ainda não sei dar. Voltou sem seu violão melodramático, no quintal solitário, porque voltou contente. Voltou sem julgar nada, ninguém, nem mesmo ele. Voltou meio ciumento, mas hoje olha pra mim e vê, porque sabe que há espaço pra ele também. Voltou pra mim e marcou seu território, aqui dentro e pelo mundo, daqueles que, apesar de tudo, eu ainda admiro. Meu pai voltou.
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