O culto de esperar toma tempo, e implico que este, passa rápido quando acordo no sábado, reclamo que anda demorando quando é domingo. Nessas buscas, de tanto reclamar, me disseram que eu beirava à estupidez como se não houvesse nada a fazer, e lembrei da minha mãe e do meu asco, andando pela casa bagunçando tudo ao redor e sempre se queixando de algo. É essa a ironia da vida. Você chora o tempo inteiro por algo que condena que façam, mas anda atrás do próprio rabo num ciclo pobre cometendo os mesmos crimes. Eu vejo isso acontecendo. Eu vivo isso, sou assim também. E ando descobrindo que não há ciclo melhor do que este, de me enxergar melhor a cada instante, mesmo que eu me sinta pequena, pobre, podre, lixo em primeiros momentos. Dá vontade de me perder, mas tenho dito que o oposto, me encontrar, me ganhar e sorrir para o espelho é a fase que mais dura. E quem sabe? Um dia deixa de ser apenas uma parte do ciclo. 

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