Spring que se insiste em parecer com inverno. Bom, eu sei, combinei de não ficar reclamando, então parei pra pensar em tudo que muda ao meu redor quando o tempo insiste em ficar frio, o céu ficar cinza. Minha cabeça dói de frio, quase sempre. E quando eu boto a touca de lã, o cabelo embola muito, demais. Mas ainda assim eu resolvi andar hoje. E percebi que quando fica frio outra vez, eu tento não dormir tanto. E nem ficar triste demais, porque automaticamente a saudade aumenta. Quando esfria, eu tento não ligar pra dor de cabeça e geralmente penso em gastar meu tempo desenhando. Por isso hoje comprei mais um pincel pra aquarelar, embora eu ainda precise muito de aulas. Quando fica mais frio, as pessoas tendem a se aproximar de você. Então, pela primeira vez, uma senhora me ofereceu carona, mesmo que fosse pra um minuto de conversa até o fim da avenida principal. O atendente da loja mais charmosa de artigos de design estava muito mais atencioso. Eu voltei passando em várias outras lojas, e em uma delas a vendedora ouvia Zeca Baleiro e assobiava a música, até começar outra de Maria Bethânia. Não deu pra estudar hoje, mas quem sabe amanhã não esquenta?
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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