Angela liga a câmera e começa a andar pelos corredores. Cumprimenta pessoas, faz elas me dizerem oi, me mostra o céu e como está o tempo, muito claro, nublado, aquela cidade pequena e fria geralmente. É tudo tão novo que não me importo de mergulhar intensamente. Eu me apaixonei e escondi de mim de forma sensata, era o melhor a fazer naquele momento. Mas, nunca tinha tido alguém tão sem medo de amar que nem ela, mesmo na incerteza do futuro. Lembramos cotidianamente de todas as festas ou dias ruins em que passamos naquela cama, nos bares, na biblioteca tentando entender artigos e projetos. Ninguém é superior a ninguém. Ninguém tem medo mais, de nada. Contamos os dias que faltam pro próximo abraço. E sinceramente, preferimos não ouvir os zumbidos estranhos que ás vezes tentam soltar. Deixa a gente ser e estar.
Eu falo como se fosse a primeira vez. Sinto medo como se tivesse ainda quinze anos. E já que falar tudo que eu queria não tá adiantando muito, não vai mudar... eu peço que faça qualquer coisa, pra eu não ver mais beleza em qualquer lugar ou coisa que tenha você. Grata.
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