Eu estava evitando escrever, evitando falar demais. Mas aí li o título de um artigo que falava sobre somatização (ou algo assim), quando o corpo responde à soma das nossas angústias e problemas emocionais. De fato, escrever sempre me ajudou um pouco a desabafar. Mas é que ás vezes eu queria que meu silêncio resolvesse melhor as coisas. Não resolve muito mesmo. 

Esse ano acho que por um ponto astrológico, do karma ou sei lá exatamente por que, os problemas resolveram vir com força pra perto de mim e pra perto de muita gente querida que eu conheço. Depois de muito aguentar, de muita tentativa de escape, de muito planejar meus sonhos antes de dormir (sim, eu faço isso) e por fim, de muito chorar sozinha em casa eu soltei pra mim mesma: cansei de ser forte. 

De fato ainda me sinto egoísta por pensar assim. Meu avô está muito doentinho, vejo que logo logo ele vai embora. Uma tia muito querida está doente e todos ao redor estão desolados. Acho que é até normal que esses períodos sombrios cheguem e nos mostrem o valor de cada relação, e da vida mesmo. Mas infelizmente, a dor de cotovelo que sinto ainda não foi amenizada, mesmo vendo minha família triste. 

Lidar com relacionamento à distância, foi uma coisa que eu disse que não iria mais me permitir, até a criatura me convencer de mil coisas e comprar uma passagem, pra morar aqui. Uma pena se ela esfriasse o coração dois meses antes de vir até me fazer terminar ou dar um tempo (confesso que não sei do status atual) porque ela acha que não pode me dar o que eu quero agora. Viagem ainda marcada, o resto dos planos não mudou. Mas vou precisar esperar dois meses pra conseguir resolver se toco o bonde ou não. Enquanto isso eu vivo aquele clipe do Paramore, The Only Exception, quando a linda da Hayley Williams sai com diversos caras tentando um "Match", sem sucesso. Não que eu queira um Match perfeito pra casar agora (engraçado como eu uso o termo casar tão facilmente). Eu só queria que rolasse química, de verdade com alguém. One night stand. Ou two. Whatever. Mas aparentemente eu não me encaixo tão bem nesse perfil de garota pegadora. Eu saio sim com duas, três meninas, mas acho ótimo voltar pra casa com uma candidata a amiga a mais. Amiga com quem vou poder falar de mulher, o que adoro. E nada mais. Talvez eu seja assim apenas, ou ainda esteja inlove demais e não consiga me desprender de fato do caso complicado internacional e multicultural. Ah, ainda tem isso, o choque cultural. É hilário como minha mente insegura e traumatizada (vide relacionamentos anteriores com traição em massa) viaja pensando nos possíveis motivos dela não estar tão intensa mais. E quando a vejo na tela, rola uma educação e um carinho que me amolece de novo, contando com detalhes sobre as festas, passeios e o dia a dia dela. E penso que deve ser só a distância mesmo. Esfria a gente, a tela cansa e não dá aquele calor gostoso do sexo. 

Se, deve ser, pode ser, aparentemente, são palavras que uso constantemente agora. E confesso que espero usar até setembro. Espero aguentar na verdade. Sabe bomba-relógio? Pois é, coisa de ariana.

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